
Cada cidade tem a sua beleza na Polônia (é clichê dizer isso, mas as regiões, do pouco que vi, diferem bastante), mas Cracóvia, no passado capital Real, é especial porque passou incólume pelos estragos na arquitetura ocasionados pela II Guerra. A origem remonta à lendária vitória sobre um dragão pelo príncipe Krakus. É abençoada por prédios e ruas magníficos de tempos medievais e em particular por um impressionante marco histórico central: o castelo de Wawel. Cracóvia fica em uma região chamada Malopolska (Pequena Polônia) com inúmeros vestígios da vida tradicional em fazendas e cidades históricas.

Portão de São Floriano (século XIV): o que restou das antigas muralhas da cidade:
Um modo agradável de conhecer a cidade é em uma das muitas carruagens disponíveis. Minha guia foi uma garota de Cracóvia, que trabalhava levando turistas em passeios de carruagem.
Ir à Cracóvia e não visitar o famoso bairro judaico Kazimierz, com algumas sinagogas que restaram, é como ir ao Rio de Janeiro e não visitar Copacabana. O bairro leva o nome do rei polonês Kazimierz (Casimiro) que os recebeu no século XIV, onde eles viveram até o início da II Guerra. Até a ocupação nazista, era a maior comunidade judia da Polônia, englobando 23% da população de Cracóvia, antes de eles serem transferidos a um gueto.
E agora a Basílica de Santa Maria, igreja polonesa gótica do século XIV me impressionou. As cores… A cada hora é tocado um clarim na mais alta torre da igreja. A melodia é interrompida de forma abrupta para simbolizar o momento em que a garganta de um clarinista do século XIII foi perfurada por uma flecha dos Tártaros.
Encerro com as imagens desse maravilhoso café no centro da cidade: