Três passeios obrigatórios em Manaus

Vista da Torre de Observação do Museu da Amazônia, em Manaus

No primeiro post referente a Manaus falei sobre a arquitetura da cidade, com fotos e impressões do magnífico Teatro do Amazonas, além da Praia da Ponta Negra, de um shopping center, lojas de artesanato, Mercado Público e de palácios e museus que visitei na cidade. Mas, o que vale a pena conhecer também? Aqui cito três atrativos que merecem a sua visita.

Encontro das Águas

Encontro dos rios Negro e Solimões

O encontro dos rios Negro e Solimões talvez seja a atração mais procurada em Manaus. Ambos não se misturam por três fatores: velocidade das águas, temperatura (a do Rio Solimões é de 22 graus e a do Negro, 28) e densidade. O rio Solimões, de cor clara, vem dos Andes e o Negro se origina na Colômbia.

Fizemos o passeio no Porto da Ceasa. Lá há uma balsa que leva a rodovias no Amazonas e estados vizinhos. No momento em que chegamos estavam efetuando o transporte de gás para os municípios do Amazonas (apenas 60 e poucas cidades, em um estado imenso, o maior da União, contabilizando uma área equivalente talvez a quase a metade da Europa).

Na Ceasa também vendem todos os peixes amazônicos especiais. Após o passeio, vale a pena admirar um pouco a feira.

A empresa responsável pelo meu tour foi a Cooperativa Solinegro. Fiz um ótimo passeio com uma piloto dessa empresa, a Patrícia, a qual pediu para que eu divulgasse seu contato: (92) 99284-4734.

Museu do Seringal Vila Paraíso

Local guarda histórias dos contrastes sociais entre seringueiros e seringalistas

Localizado no Igarapé São João, na área rural de Manaus, esse museu reproduz com exatidão um seringal do final do século XIX e início do século XX, época do ciclo da borracha e período de grande ascensão econômica do Amazonas. Árvore originária da bacia hidrográfica do Amazonas, a seringueira existia em abundância na região.

Nas visitas, que são guiadas, é possível conhecer desde o processo de produção da borracha até o contraste que havia entre os modos de vida do seringueiro e do seringalista, o dono do seringal, que ostentava conforto, mesmo estando dentro da floresta.

Extração de látex da árvore seringueira, de onde se fabrica a borracha

As instalações originalmente foram usadas como locações para as filmagens do longa metragem “A Selva”, do diretor português Leonel Vieira, que adaptou o livro de mesmo nome do escritor português Ferreira Castro. Como contrapartida do apoio dado pelo Governo do Estado do Amazonas à produção do filme, o cenário foi doado para a Secretaria de Cultura, que o transformou no Museu do Seringal Vila Paraíso.

O local tem capela, a residência do seringalista, cabanas onde dormiam os seringueiros (altas, para evitar ataque das onças), o tapiri de defumação de borracha etc.

Para chegar ao Museu do Seringal é preciso comprar uma passagem de barco na Marina do David. É desse embarcadouro, usado por lanchas que fazem o transporte de moradores de comunidades ribeirinhas, que é feito o trajeto de Manaus às ilhas próximas. Ao chegar na Marina, procure por lanchas que tenham o museu como destino.

O trajeto de pouco mais de meia hora vale muito a pena. É possível conhecer mais um aspecto de Manaus, com seus igarapés, ilhas e praias. Na volta do Museu do Seringal, sugiro aproveitar a Praia da Ponta Negra, que fica relativamente próxima da Marina do David.

Museu da Amazônia (MUSA)

242 degraus depois, a 42 metros de altura

Essa atração merece a sua visita – mesmo que você fique hospedado em um hotel de selva. Ocupando 100 hectares da Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, em Manaus, o MUSA reúne exposições, viveiros de plantas diversas, além de jardim sensorial, lago das vitórias-amazônicas e aquários. Tudo isso em uma área de floresta de terra nativa.

O local dispõe de sete trilhas classificadas como fáceis. A principal atração, sem dúvida, é uma torre de aço de 42 metros, a qual permite, após a subida de 242 degraus, fruir uma magnífica vista do dossel das árvores da floresta. A torre funciona de segunda a domingo (exceto às quartas-feiras), das 9h às 17h (o portão de entrada do MUSA fecha às 16h). Atividades especiais, como admirar o nascer e o pôr do sol, bem como observação de aves devem ser agendadas com antecedência com os responsáveis pelo museu.

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