
Escrevi e pesquisei bastante no passado, isso há uns 17 anos, sobre os godos – visigodos e ostrogodos. Eles foram parte do tema da minha monografia. Então, eu me interessei por Beja por conta de seu seu museu visigótico, o chamado Núcleo Visigótico que fica em um antigo convento, enfeitado com azulejos hispano-árabes.
Então, essa visita a Beja faz todo o sentido para mim, que já publiquei isso aqui:
A área ocupada pelo Núcleo Visigótico fica no Museu Regional de Beja – Rainha D. Leonor. A igreja Santo Amaro ainda possui as colunas visigodas originais.

Beja floresceu sob o domínio visigodo e mouro. A cidade – novamente – parece um município interiorano do Brasil.
Em Beja, que fica próxima a Évora, visite o Museu Rainha Dona Leonor (Museu Regional de Beja), onde estão expostas também peças do período romano, como lucernas, obras mudéjares – e até mais antigas ainda, como lápides da Idade do Ferro, com a chamada Escrita Ibérica (a mais antiga forma de escrita nesse território) – até hoje ainda não decifrada. Aparecem em Mértola, Ourique, Castro Verde, Almodôvar, região do Algarve também.

Outro bom local com arqueologia em Beja é o Núcleo Museológico da Rua do Sembrano. Mostra, através de escavações arqueológicas, efetuadas durante as décadas de 80 e 90 do século XX, como a cidade foi evoluindo da Pré-História até à Época Contemporânea. Os mais antigos, alguns fragmentos cerâmicos, apontam para uma ocupação deste local que remonta à Idade do Cobre ou Período Calcolítico, no 3º milênio a.C.
O Castelo de Beja ocupa um primitivo castrum romano – a fortificação data da invasão romana à Península Ibérica. Foi o local escolhido por Júlio César para firmar a paz com os lusitanos. A relevância estratégica manteve-se com as tribos germânicas dos suevos, visigodos e com a ocupação muçulmana. A Torre de Menagem (nome dado à estrutura central de um castelo medieval), proporciona uma excepcional vista da cidade. A torre data do século XIV e é considerada um ícone da arquitetura militar da Idade Média em Portugal, na qual convergem o caráter bélico e artístico de forma singular, em uma mescla de estilos românico, gótico, manuelino e maneirista.