Nos dias em que passei em Évora aproveitei para conhecer, além de Beja e de Mértola, o circuito megalítico de Évora. Os arqueólogos estimam que os megálitos situados perto de Évora – pedras monumentais, chamadas localmente de pedras talhas – tenham surgido entre 4000 e 2000 a.C.
Na região, foram encontrados mais de 130. Nós visitamos três deles, os mais famosos: Cromeleque dos Almendres, Menir dos Almendres e a Anta Grande do Zambujeiro, o maior monumento funerário megalítico da Península Ibérica, erigida no período Neolítico.
O Cromeleque dos Almendres é um monumento nacional pré-histórico português que consiste em um círculo de pedras pré-histórico com 95 monólitos de pedra. É o monumento megalítico do seu tipo mais importante da Península Ibérica. A hipótese é de que funcionava como um local sagrado para as comunidades agro-pastoris desse local, que se reunia para celebrar os ciclos da natureza:
Nas proximidades está o Menir dos Almendres, também considerado monumento português. Em forma ovoide alongada, data do neolítico antigo e provavelmente estava relacionado a ritos de fertilidade:
Acredita-se que dólmenes como o da Anta Grande indiquem o local onde os mortos eram enterrados com seus pertences:
E a natureza no trajeto desse circuito é estonteante – e o inverno tornou a caminhada ainda mais especial na minha opinião: